Pós-Black Friday: Como foi o mercado brasileiro

A sexta-feira mais famosa do planeta cumpriu com o seu propósito e superou todas as expectativas para este ano tão atípico que foi 2020. Hoje, conseguimos visualizar os efeitos Pós-Black Friday e entender melhor como foi o mercado brasileiro.

A verdade não é outra: milhões de compras foram feitas em diversas lojas, diferentes empresas superaram os seus desafios em vendas e, de fato, pudemos ver o impacto da Black Friday na economia brasileira.

Os resultados, como veremos a seguir, foram além dos esperados, trazendo muitas pessoas que nunca haviam realizado compras pela internet em toda sua vida, mas neste ano de 2020 encontraram motivos para fazê-lo.

Confira os principais números sobre este evento e veja como está o pós-Black Friday! Continue a leitura para descobrir.

Pós-Black Friday: quais foram os principais resultados?

Segundo a consultoria da Ebit|Nielsen, empresa especializada em análises do mercado varejista, seguiu-se a tendência na Black Friday, crescendo mais a cada ano que passa.

O ano de 2020 não mostrou-se diferente disso, apesar da recessão econômica que muitos acreditavam que poderia atrapalhar este pós-Black Friday. Pelo contrário, os resultados foram surpreendentes.

Apenas nos dois primeiros dias, 26 e 27 de novembro, a Ebit|Nielsen mostrou que as vendas totais no e-commerce ultrapassaram os R$ 4,02 bilhões, o que significa uma alta de 25% em relação ao ano anterior.

Confira outras informações relevantes sobre essa sexta-feira mais do que especial, que com certeza fez muitos varejistas felizes: foram 6 milhões de pedidos gerados: 15,5% a mais do que em 2019, além de um ticket médio de R$ 652: 8,3% maior do que no período anterior.

Apenas na sexta-feira (27 de novembro), o faturamento ficou entre R$ 3,1 bilhões, o que representa um aumento de 24,8% em relação a 2019. Como pudemos ver, este ano superou todas as expectativas, não é mesmo? Vamos ver outras situações que devem ser consideradas neste pós-Black Friday.

Como se comportaram as lojas?

Diferente do que pudemos perceber nos últimos anos, este ano de 2020 tanto as lojas quanto os consumidores tiveram um comportamento diferenciado: as ações do “esquenta” deste ano, ou seja, do período de 19 a 27 de novembro, tiveram uma importância fundamental para a estratégia das empresas.

Neste período de uma semana, o faturamento foi de R$ 6 bilhões, o que corresponde a mais de 30% em relação às vendas de 2019. Segundo a líder da Ebit|Nielsen, Julia Avila, foi a pandemia que fez com que os consumidores se comportassem de maneira diferente em relação aos anos anteriores.

Essa foi uma aposta dos varejistas, em diluir os descontos e promoções por mais tempo, e não deixá-las apenas para a sexta-feira da Black Friday. Com isso, é possível planejar melhor as estratégias, ter um maior controle dos feedbacks e até mesmo da logística das ações.

Mesmo com essa diluição das promoções em uma semana durante o “esquenta”, o faturamento concentrou-se na maior sexta-feira do ano, ocorrendo 53% das vendas. Ainda assim, segundo Avila, esse período estendido de promoções pode ser considerado uma grande tendência para os próximos anos.

Aumento no pós-Black Friday

A ansiedade da data é tanta, que não termina com ela. Pelo menos foi isso que os números mostraram, com um aumento até mesmo no faturamento da pós-Black Friday, em comparação aos números do ano de 2019.

Somando sábado e domingo (28 e 29 de novembro), o e-commerce teve um faturamento de R$ 1,5 bilhões em vendas, uma alta de 27% comparado ao mesmo período no ano anterior. Com isso, conseguimos ver como o desempenho foi próximo aos dias 26 e 27, que concentraram o pico de vendas.

Reclamações no pós-Black Friday

Uma vez que tivemos as lojas fechadas pela maior parte do ano quase que em todo território nacional, as compras através do e-commerce já vinham apresentando resultados muito superiores aos que víamos até então.

Por conta do aumento das vendas, as reclamações também vêm aumentando nos últimos meses. Ainda assim, o Brasil é considerado um dos melhores mercados para o e-commerce atualmente.

Na segunda-feira, logo no pós-Black Friday, dia 30 de novembro, o Procon-SP registrou já alguns atendimentos relacionados à data. As principais chamadas foram para:

  • Maquiagem de preço;
  • Pedido cancelado após a compra;
  • Mudança de preço ao finalizar o pedido;
  • Produto ou serviço indisponível;
  • Não entrega ou atraso.

O que esperar para o Natal?

Os altos números de vendas e faturamento na Black Friday de 2020 nos leva a pensar em outras questões, que também são essenciais para esses varejistas e empresas. 

Até 2019, a Black Friday era a segunda data sazonal no varejo, perdendo apenas para o Natal. Considerando todos os números que vimos até aqui, essa pode ser a primeira vez que os números do Natal não superam os da Black Friday.

Muitos consumidores já aproveitaram a Black Friday para fazer as suas compras de Natal, até mesmo porque as compras presenciais ainda estão prejudicadas. 

Com isso, os varejistas devem se preparar para criar estratégias que sejam interessantes aos consumidores e que chamem esse público que acabou de conhecer a sua marca para fazer mais compras e vender ainda mais para o Natal.

E para você, como foi a Black Friday? Superou as suas expectativas? Está preparado para as próximas etapas do pós-Black Friday?

Redação Black Friday