Brasil 2020: Vendas online da Black Friday crescem 10,3%, segundo Ebit

(Atualizada às 16h47) A Black Friday gerou receita de R$ 2,1 bilhões para o e-commerce em 2017, alta de 10,3% ante aos R$ 1,9 bilhão registrados no mesmo período do ano passado. O número de pedidos cresceu 14%, de 3,3 milhões para 3,76 milhões, enquanto o tíquete médio caiu 3,1%, de R$ 580 para R$ 562, na comparação entre os períodos, segundo levantamento da empresa de monitoramento Ebit feito entre quinta e sexta-feira.

Os valores ficaram abaixo do previsto inicialmente pela Ebit. A expectativa era que as vendas atingissem R$ 2,18 bilhões, com tíquete médio de R$ 695.

De acordo com a Ebit, a retração mais acelerada do valor médio do gasto está ligada à alta no volume de pedidos, que foi quase o dobro do estimado anteriormente — 3,1 milhões. “Lojistas de todos os segmentos ofereceram produtos com descontos reais e isso atraiu o consumidor”, disse Pedrio Guasti, presidente da Ebit.

Outro ponto de destaque da Black Friday deste ano foi o crescimento das compras realizadas por celular. A fatia desses pedidos aumentou 81,8% na comparação com o ano passado; e quase 30% das compras foram realizadas por meio de dispositivos móveis. Em valores, a representatividade foi de 26,5%, alta de 41,5% ante 2016. “O valor médio das compras via dispositivos móveis foi de R$ 515, reflexo da maior participação de categorias de menor tíquete, como moda e acessórios e perfumaria e cosméticos”, disse.

Em quatro anos, a participação dos celulares cresceu seis vezes. “Em 2013, as compras por celular representavam apenas 4,4% do total. Com a expansão do mercado de smartphones e do acesso via 3G e 4G no Brasil, esse é um mercado em franca ascensão, com potencial de crescimento bem acima da média do mercado”, afirmou Guasti.

Varejo físico

Já as vendas no comércio de rua e shoppings centers cresceram 4,9% em todo o país entre os dias 24 e 26 por conta da Black Friday, segundo a Serasa Experian. O avanço foi inferior aos 11% registrados na comparação entre 2015 e 2016. Na análise de um período mais amplo, de 20 a 26 de novembro (a chamada Black Week), as vendas caíram 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para os economistas da Serasa Experian, apesar de terem crescido menos do que no ano passado, as vendas neste ano foram impulsionadas pela recuperação da renda real dos consumidores e pelas melhores condições de crédito. Os dados também mostraram que a Black Friday é um fenômeno de curtíssimo prazo pois, apesar de várias lojas terem anunciado ofertas desde o início da semana, as vendas somente cresceram a partir de sexta-feira e no fim de semana.

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